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Era uma vez ou...
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4:04 AM
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Karla Santiago - www. Direito por Direito. com
Rei reina, governador governa, deputado...
Era uma vez, longe, bem longe, lá onde o oceano beija as areias das praias, um país bonito por natureza. O povo daquela terra abençoada vivia governado por um rei sábio – o sábio barbudo.
Assumira o trono depois de uma guerra na qual derrotara a dinastia dos pássaros de bico grande. Como já era de hábito naquelas paragens, diferentemente da guerra das rosas, o conflito foi resolvido sem derramamento de sangue, mais ainda, sem choque físico. Cada um dos postulantes à corôa estabeleceu uma lista dos seus soldados, e venceu aquele que apresentou uma relação maior. Tudo apurado eletronicamente. Foi uma guerra em paz, como se deve. Ventos benfazejos, vindo de alhures, passaram a inflar as velas da nau capitânia. Ao vitorioso coube a herança maldita – termo que designava um roteiro seguido com poucas modificações.
Depois de alguns anos de felicidade intensa, entrecortados por pequenas intrigas, alguns erros administrativos e ações estranhas adotadas por alguns seres aloprados, eis que um perigoso dragão ameaçou invadir as terras do suserano. A fera hedionda devorava salários, e espalhava maquininhas de remarcação em supermercados.
Não contente com isso, a besta atacava bolsos, poupanças e patrimônios. No começo, o rei sábio disse que não valeria a pena perder meia hora de sono por causa do perigo. Preferiu, em sua imensa sabedoria, longos passeios na sua carruagem alada, para, em seguida descer e, subindo em cima de qualquer caixote que houvesse por perto, explicar, a seus súditos, com sua voz possante e rouca o quão maravilhoso ele era, apesar de pouco ou nada ter estudado. Atirava punhados de moedas, acomodadas em bolsas cuidadosamente costuradas às famílias que não se interessassem por aulas de pescaria. Assim Luiz o bem-amado – não confundir com seu antecessor Luís XV – cercado de sua corte, dava lições extraídas de uma vida repleta de ensinamentos, sempre apontando um dedo ameaçador para perversos “eles”.
Era uma vez, longe, bem longe, lá onde o oceano beija as areias das praias, um país bonito por natureza. O povo daquela terra abençoada vivia governado por um rei sábio – o sábio barbudo.
Assumira o trono depois de uma guerra na qual derrotara a dinastia dos pássaros de bico grande. Como já era de hábito naquelas paragens, diferentemente da guerra das rosas, o conflito foi resolvido sem derramamento de sangue, mais ainda, sem choque físico. Cada um dos postulantes à corôa estabeleceu uma lista dos seus soldados, e venceu aquele que apresentou uma relação maior. Tudo apurado eletronicamente. Foi uma guerra em paz, como se deve. Ventos benfazejos, vindo de alhures, passaram a inflar as velas da nau capitânia. Ao vitorioso coube a herança maldita – termo que designava um roteiro seguido com poucas modificações.
Depois de alguns anos de felicidade intensa, entrecortados por pequenas intrigas, alguns erros administrativos e ações estranhas adotadas por alguns seres aloprados, eis que um perigoso dragão ameaçou invadir as terras do suserano. A fera hedionda devorava salários, e espalhava maquininhas de remarcação em supermercados.
Não contente com isso, a besta atacava bolsos, poupanças e patrimônios. No começo, o rei sábio disse que não valeria a pena perder meia hora de sono por causa do perigo. Preferiu, em sua imensa sabedoria, longos passeios na sua carruagem alada, para, em seguida descer e, subindo em cima de qualquer caixote que houvesse por perto, explicar, a seus súditos, com sua voz possante e rouca o quão maravilhoso ele era, apesar de pouco ou nada ter estudado. Atirava punhados de moedas, acomodadas em bolsas cuidadosamente costuradas às famílias que não se interessassem por aulas de pescaria. Assim Luiz o bem-amado – não confundir com seu antecessor Luís XV – cercado de sua corte, dava lições extraídas de uma vida repleta de ensinamentos, sempre apontando um dedo ameaçador para perversos “eles”.
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Alexandru Solomon, formado pelo ITA em Engenharia Eletrônica e mestrado em Finanças na Fundação Getúlio Vargas, é autor de ´Almanaque Anacrônico`, ´Versos Anacrônicos`, ´Apetite Famélico`, ´Mãos Outonais`, ´Sessão da Tarde`, ´Desespero Provisório` , ´Não basta sonhar` e o recente livro/peça ´Um Triângulo de Bermudas`. (Ed. Totalidade). E-mail do autor: asolo@alexandru.com.br.
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ME SEGUE, NO CAMINHO EU TE EXPLICO...