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A vontade de amar
Posted by Unknown
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11:18 AM
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Karla Santiago - www. Direito por Direito. com
Arthur Schopenhauer
Dentro da filosofia universal ocupa Arthur Schopenhauer uma posição singular, e completamente original. É o primeiro entre os filósofos de destaque, em tôda a história da filosofia, a proclamar sistematicamente que o amago do mundo é irracional, fundamentalmente oposto à inteligência e à razão.
Tal concepção representa uma verdadeira revolução na história da filosofia. A fé na razão é da própria essência de toda empresa filosófica e a essa fé na nossa inteligência corresponde, dentro da tradição filosófica, a firme convicção de que as nossas faculdades racionais nada são senão a manifestação, embora apagada, de uma inteligência universal que impregna todas as coisas e as dirige para determinados fins, segundo um plano inteligente.
Por mais que nós nos percamos no aparente caos dos fenômenos e na gigantesca amplitude dos espaços astronomicos, no fim encontramo-nos, deslumbrados, diante de nós mesmos.
Schopenhauer rompe radicalmente com essa tradição. Estabeleceu como princípio metafísico um poder maldoso, boçal e cego, completamente irracional. Foi o primeiro a criar uma filosofia baseado no irracionalismo sistemático, mas não foi o último a fazê-lo. Dele parte toda uma corrente de irracionalismo, manifestando-se, de um lado, no "élan vital" de Bergson, e atingindo virulência, de outro lado, no pensamento de Nietzshe.
A Metafísica do Amor Sexual (...) [obra que este ensaio de Rosenfeld introduz] é uma peça central do sistema schopenhauriano, cheia de intuições geniais, cuja repercussão no pensamento ocidental dificilmente pode ser exagerada.
A vontade, que é a essência do mundo, tem o seu foco no impulso sexual: é pela primeira vez na história da filosofia, excetuando-se Platão, que o sexo atinge dignidade metafísica.
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